domingo, 11 de maio de 2008

DISCLÍMAX NO BRASIL

Em território brasileiro, a formação das florestas secundárias é atribuída à expansão da fronteira agrícola, aos projetos de urbanização e industrialização e à mineração. Também é formada pela exploração seletiva de madeiras e pelo corte raso para a realização da agricultura itinerante, o que causa a abertura de grandes clareiras e o surgimento da vegetação secundária. Segundo Almeida (1989), clareira é toda área de floresta com dossel descontínuo, aberta pela queda de galhos de uma única ou mais arvores, limitada pelas copas das árvores marginais. Esta abertura proporciona mudanças na qualidade da luz, umidade e temperatura do soloe alterações das propriedades do solo, incluindo a aceleração do processo de decomposição, aumento da disponibilidade de nutrientes e maior exposição do solo mineral (Denslow, 1980). Nestas áreas perturbadas – disclimáceas -, ocorre a sucessão secundária, onde a composição florística vai se modificando, geralmente com a comunidade se tornando cada vez mais complexa e diversificada. Portanto, os estudos da regeneração natural são necessários para que os mecanismos de transformação da composição florística e estrutura possam ser compreendidas. Tais conhecimentos constituem uma ferramenta básica para a tomada de medidas que visem à aceleração e direcionamento do processo de sucessão secundaria, seja para preservação ou produção comercial. (RONDON-NETO, 2000).

No Brasil, em área de mata virgem, a vegetação é derrubada ou queimada e o terreno cultivado e pastado. As práticas de queimadas anuais proporcionam a manutenção do disclímax de campo cultivado ou campo pastado ano após ano. Fatores limitantes ambientais também proporcionam uma comunidade disclímax.
[...] a floresta pluvial, e.g., é um clímax nas melhores áreas climáticas adequadas; nesse caso, ela realiza-se sobre vários tipos de solo. Mas, se este for raso ou seco, ela tomará a forma de thicket ou de mata seca, que serão subclimáceas [...] (Rizzini, 1979, p. 349).

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